Computação e psicologia podem ajudar na aprendizagem de crianças com autismo!

Computação e psicologia podem ajudar na aprendizagem de crianças com autismo!

Entenda melhor sobre o Transtorno do Espectro Autista e como a gamificação pode contribuir com o aprendizado e a inclusão

O desenvolvimento da criança faz toda a diferença na maneira como ela é inserida na sociedade. Por ser um transtorno de aprendizagem, crianças autistas podem contar com a tecnologia para se desenvolverem da melhor maneira, possibilitando uma melhor vivência na sociedade como um todo. 

Entenda o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e veja como iniciativas tecnológicas podem contribuir com a inclusão de autistas na sociedade. 

Entendendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que traz algumas consequências para o comportamento do indivíduo, principalmente relacionados à aprendizagem. Assim, autistas são considerados neuroatípicos e, por isso, mecanismos que auxiliem em seu desenvolvimento podem ser muito benéficos a curto e longo prazo. 

O autismo é hoje chamado de TEA, pois entende-se que existe uma grande variação de seus sintomas. Por isso, há um espectro de graduação referente às dificuldades que a pessoa pode apresentar. 

Dependendo dos estímulos, uma pessoa pode ter sintomas mais ou menos intensos, o que faz toda a diferença na maneira como ela é incluída na sociedade desde sua infância. Por isso, é tão importante a presença de mecanismos que auxiliem nesse aprendizado das pessoas autistas, pois isso contribui com o aprendizado e ajuda na inserção e inclusão delas na sociedade. 

Algumas iniciativas utilizam a tecnologia para isso, contribuindo principalmente com o aprendizado. Vale dizer que o desenvolvimento de uma criança autista precisa ser acompanhado por profissionais qualificados, principalmente os especializados em terapia ABA. 

Isso porque o TEA pode exigir um acompanhamento mais completo em todas as áreas da vida, não apenas no aprendizado em si. Por isso, é importante ter um tratamento interdisciplinar, contando também com profissionais de psicologia. 

Gamificação para aprendizagem 

Uma das maneiras que vem sendo estudada para ajudar no aprendizado de crianças autistas é a gamificação, com ajuda da tecnologia. A gamificação nada mais é do que inserir elementos de jogos em algum processo já conhecido. 

Para se parecer com um jogo, é preciso contar com algumas características, como exibir o avanço alcançado, oferecer recompensas, mostrar histórico de pontuação, entre outros pontos. Isso, combinado com técnicas de psicologia, podem contribuir com o aprendizado de maneira geral. 

A pesquisadora Laíza Ribeiro Silva, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), realizou uma pesquisa usando a gamificação no ensino de crianças autistas e verificou um aumento no engajamento delas no uso de games. 

De acordo com sua entrevista para o Jornal da USP,  os elementos de jogos em combinação com estratégia do Ensino por Tentativas Discretas (DTT) contribuíram para que crianças autistas se envolvessem mais nas atividades educacionais propostas e se concentrassem mais para realizá-las. 

Segundo ela, esse é um ótimo indício do uso da gamificação e da tecnologia no desenvolvimento de crianças autistas. No entanto, afirma que é preciso continuar os estudos nessa área com um maior número de crianças e em outras instituições para entender o potencial do uso. 

Inclusão na sociedade

Um dos pontos comentados pela pesquisadora é que a dificuldade de aprendizagem não é algo exclusivo de crianças neuroatípicas, pois todos podem ter algum tipo de questão nesse sentido. 

No caso do TEA, esses déficits podem surgir em diferentes aspectos, especialmente relacionados à comunicação, interação social e a ocorrência de padrões restritos e repetitivos. Trabalhando, exercitando e desenvolvendo melhorias nesses déficits, o aprendizado se torna mais acessível, o que contribui com toda a vida dessa pessoa. 

Considerando a inclusão, a aprendizagem por gamificação pode ajudar nas barreiras criadas pela sociedade. Nesse sentido, vale dizer que todas as escolas precisam tomar medidas de acessibilidade e inclusão para crianças autistas. 

Negar a matrícula de uma criança autista em uma escola regular é ilícito, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que define as medidas de inclusão para educação especial. 

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